“Não há dúvidas nenhumas, ele vai ter de ser o candidato”, declarou Miguel Albuquerque, também presidente do Governo Regional, no decorrer de uma visita a uma estrada que liga o Ribeiro da Alforra à Fajã da Areia, no concelho de Câmara de Lobos, contíguo a oeste do Funchal.
Na opinião do líder social-democrata madeirense, Pedro Coelho é um autarca que “executa obra, está próximo da população, tem facilidade de auscultação e tem uma excelente equipa”.
“Aliás, o concelho de Câmara de Lobos tem dado um grande salto em termos de desenvolvimento turístico, cultural, económico e educacional, e isso deve-se também muito à dedicação, empenho e determinação e linha estratégica que esta Câmara tem adotado”, opinou.
Câmara de Lobos é um concelho com uma área superior a 52 quilómetros quadrados, onde residem 35.666 pessoas (Censos de 2011), estando dividido em cinco freguesias (Câmara de Lobos, Estreito de Câmara de Lobos, Jardim da Serra, Curral das Freiras e Quinta Grande).
A estrada inaugurada hoje tem uma extensão aproximada de 600 metros. A sua conclusão incluiu a canalização do Ribeiro da Alforra em mais 430 metros, representando um investimento de cerca de 1,8 milhões de euro.
Trata-se, segundo Albuquerque, de "uma obra muito importante porque faz uma nova acessibilidade a uma zona de maior produtividade a agrícola da Madeira”.
“Vem facilitar o escoamento agrícola, a acessibilidade a zonas residenciais, à escola, e vem contribuir para maior segurança do concelho, uma vez que obra implica também canalização da ribeira”, acrescentou.
O governante anunciou que a “médio prazo, após a aprovação do quadro comunitário de apoio (2021-2027)”, está previsto “criar uma circunvalação e acesso a novos terrenos agrícolas e urbanizados”.
Questionado sobre a presidência portuguesa da União Europeia no primeiro semestre de 2021, o chefe do Governo Regional realçou ter sugerido na reunião do último Conselho de Estado (29 de setembro), com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que fossem realizados eventos na Madeira e nos Açores.
Miguel Albuquerque salientou que o objetivo é “perspetivar em termos globais, mundiais e europeus a importância das ultraperiferias na afirmação da União Europeia enquanto poder mundial, porque não deixam de ser terrenos de afirmação geopolítica”.
“Hoje a União Europeia tem uma dimensão continental sobretudo devido ao peso da grande potência europeia que é a Alemanha, mas com a saída do Reino Unido é muito importante, por razões de afirmação da União Europeia no mundo, realçar a importância que as regiões ultraperiféricas têm na afirmação da União Europeia no mundo”, argumentou.
Segundo o governante, “houve uma grande recetividade por parte da presidente” da Comissão Europeia, mas “no Governo nacional há dificuldade em perceber o que é geopolítica”.