O Governo Regional da Madeira está a desaconselhar a realização de programas turísticos nas zonas altas e serras da ilha devido aos incêndios que começaram na segunda-feira na ilha.
"Atendendo a que a maioria dos percursos pedestres oficialmente homologados e aconselhados aos turistas, na Ilha da Madeira, encontram-se em áreas que, neste momento, estão ou poderão vir a ser afetadas, não é aconselhável a realização de programas, desta natureza, nas zonas altas e serras", refere um comunicado da Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura (SRETC), disponibilizado no seu site.
Na mesma nota, este departamento do executivo insular insiste que o "setor turístico regional encontra-se, atualmente, a funcionar com toda a normalidade, estando apenas condicionado no que respeita ao acesso e usufruto das serras e de algumas áreas florestais".
A secretaria regional, baseando-se em informação da Presidência do Governo Regional e pela Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, que tutela o Serviço Regional de Proteção Civil, esclarece que "o Aeroporto da Madeira e o Porto do Funchal estão, neste momento, operacionais" e que o "serviço de transporte público, que serve a hotelaria regional, na cidade do Funchal, não foi, para já, afetado".
O Jardim Botânico da Madeira "Engenheiro Rui Vieira" e os "Teleféricos da Madeira" encontram-se, nesta altura, encerrados, como medida de precaução, assegura a mesma fonte.
No comunicado, a SRETC informa ainda que o ponto de situação acerca das zonas afetadas "estará em atualização permanente, no site oficial do Turismo da Madeira (visitmadeira.pt), em consonância com o Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira".
Três pessoas morreram na terça-feira, no Funchal, na sequência dos incêndios que deflagraram no concelho na segunda-feira.
O fogo provocou ainda cerca de mil desalojados, entre residentes e turistas, e muitas casas e um hotel (Choupana Hills) foram afetados pelo fogo.
Os prejuízos materiais são avultados, mas não estão ainda contabilizados.
Cerca de 115 efetivos de Lisboa e outros 30 dos Açores foram enviados para a Madeira para reforçar as equipas no combate aos incêndios.