Na terça-feira tinham sido registados 7.143 novos casos, um novo recorde diário, e 71 mortes.
O Reino Unido tem vindo a registar um número crescente de casos positivos por estarem a realizar-se mais testes do que no início da pandemia no Reino Unido, mas também porque o contágio acelerou em todo o país nas últimas semanas.
O total acumulado desde o início da pandemia covid-19 no Reino Unido é agora de 453.264 de casos de contágio confirmados e de 42.143 óbitos num período de 28 dias após um teste positivo.
Hoje o parlamento britânico vai debater e deverá aprovar a renovação por mais seis meses dos poderes extraordinários dados ao governo para introduzir restrições para travar a transmissão do corovírus.
Porém, o ministro da Saúde, Matt Hancock, prometeu consultar os deputados quando forem necessárias “medidas significativas que afetem Inglaterra inteira ou o Reino Unido” e, "quando for possível”, realizar votações antes de entrarem em vigor.
"Mas claro que para responder ao vírus o governo tem de atuar com rapidez é necessário e não pode segurar legislação que é necessária para controlar o vírus”, acrescentou numa introdução ao debate à Lei do Coronavírus.
Este compromisso visou satisfazer um grupo significativo de deputados do Partido Conservador que têm objectado a algumas das restrições impostas e a forma como são introduzidas sem consulta nem debate no parlamento.
Além dos limites às liberdades individuais, alguns conservadores criticam o impacto das restrições na economia e questionam a forma como
O influente Graham Brady propôs uma emenda que angariou dezenas de subscritores para que o governo fosse obrigado a dar aos deputados a oportunidade de debater e votar novas medidas, mas o presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, não aceitou.
Ainda assim, numa intervenção inesperada e invulgar, Hoyle queixou-se de que legislação derivada tem sido publicada muitas vezes apenas horas antes de entrar em vigor sem ter sido apresentada ou debatida no parlamento, o que "mostra um total desrespeito pela Câmara [dos Comuns]”.
O ’speaker’ urgiu o Executivo a fazer mais esforços para apresentar medidas mais rapidamente para que possam ser debatidas pelos deputados, senão ameaça aceitar pedidos de debates de emergência para obrigar os ministros a justificarem o uso de poderes nesta matéria.
“Espero que o governo resolva a situação que considero totalmente insatisfatória. Espero que o governo recupere a confiança desta Câmara e não a trate com o desprezo que tem mostrado”, avisou.
C/Lusa