Rui Barreto fez esta revelação na Assembleia Legislativa, no Funchal, na discussão do decreto que adapta à Madeira o regime jurídico aplicável ao autoconsumo de energia e define o regime jurídico para a instalação de unidades de produção para autoconsumo na região.
"É possível chegar aos 50% até ao final do ano", disse, acrescentando que o Governo Regional está a fazer "uma verdadeira democratização na produção de energia", possibilitando aos a produção e venda para a rede dos excedentes de energia.
"Esperamos atingir uma redução de 92 mil toneladas de fuelóleo no próximo ano", referiu.
Rui Barreto lembrou ainda que o Governo Regional está também a preparar a Lei de Bases da Organização e Funcionamento do Sistema Elétrico da Região.
A meta dos 50% de energia renovável até ao final do ano foi, contudo, contestada pela deputada do PS Silvia Silva e pelo deputado do JPP Rafael Nunes, que lembraram que, em 2019, e segundo dados da Empresa de Eletricidade da Madeira, apenas 24,2% da energia obtida foi gerada por fontes renováveis, sendo a restante de combustíveis fósseis.
O líder parlamentar dos socialistas, Miguel Iglesias, criticou, por seu turno, a apresentação "tardia" do decreto legislativo regional.
A Assembleia Legislativa debateu ainda uma iniciativa do PS que estabelece o regime jurídico da atividade apícola e as normas sanitárias para a defesa das abelhas, adaptando à região a legislação nacional.
C/Lusa