"O pior que poderia acontecer era termos focos de infeção numa unidade hospitalar", disse o governante, no Hospital Central do Funchal, onde visitou a nova ala do serviço de urgência e onde foram apresentados os primeiros cinco ventiladores, de um total de 20, doados pelo empresário madeirense Dionísio Pestana.
O restante equipamento cedido pelo líder do maior grupo hoteleiro português, no valor de 428 mil euros, deverá ser entregue ao Sesaram até ao final do mês de outubro.
"A Madeira está muito melhor [com estes equipamentos] e vamos continuar a trabalhar para que o nosso sistema de saúde continue a funcionar durante esta crise pandémica com capacidade de resposta e, sobretudo, com a capacidade de atuar com menos risco possível", declarou Miguel Albuquerque.
Por outro lado, o diretor clínico do Sesaram, José Júlio Nóbrega, explicou que o serviço de cuidados intensivos do Hospital Central do Funchal pode atualmente ventilar 25 doentes em simultâneo, mas, com esta doação, a capacidade de resposta aumenta para 35/40 doentes, considerando que deve haver sempre ventiladores de reserva.
O empresário Dioniso Pestana contou, por seu lado, ter ficado "chocado" no início da crise pandémica na Europa, ao verificar que muitas pessoas estavam a morrer por falta de equipamentos de suporte de vida e foi então que decidiu doar os ventiladores ao Sesaram.
A obra de ampliação do Serviço de Urgência do Hospital Central do Funchal representou um investimento do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, na ordem dos 1,8 milhões de euros e tem capacidade para 14 camas, cinco delas equipadas com monitores doados recentemente pelo futebolista madeirense Cristiano Ronaldo e pelo seu empresário, Jorge Mendes.
Estas camas servirão de internamento para doentes a aguardar o teste Sars-CoV-2 e que necessitam de cuidados mais diferenciados com monitorização e terapêutica não invasiva e invasiva.
No decurso da visita ao Sesaram, Miguel Albuquerque anunciou que o executivo vai lançar na próxima semana o concurso público, no valor de 30 milhões de euros, para a empreitada de escavação e contenção do terreno onde será construído o novo hospital central do Funchal, tratando-se da primeira fase da obra.