A doença também provocou hoje mais três mortos, metade do número verificado na quinta-feira, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde italiano.
No total, a Itália regista 252.809 pessoas infetadas com o coronavírus que provoca a covid-19 desde o início da pandemia, em fevereiro, somando 35.234 mortes.
A maioria dos novos casos foi detetada em Veneto, região norte cuja capital é Veneza, onde se verificaram 127 novos infetados, e na Lombardia, a região mais atingida pelo vírus, que apresentou 97 novos casos.
Mais de 200.000 pessoas foram consideradas curadas em Itália desde o início da pandemia, estando atualmente 771 hospitalizadas, das quais 56 nos cuidados intensivos.
Muitas das novas infeções em Itália foram identificadas como casos importados, pelo que as autoridades de saúde estão a vigiar todas as pessoas que chegam de países considerados de risco, como Espanha, Malta, Grécia e Croácia.
O Ministério da Saúde italiano decretou na quarta-feira que quem venha desses quatro países passa a ter a obrigação de realizar exames no prazo de 48 horas após a entrada em território nacional ou apresentar um resultado negativo de um teste feito nas 72 horas anteriores.
Os aeroportos de Fiumicino e Ciampino, em Roma, já instalaram várias cabines que poderão ser utilizadas “em breve” para a realização dos testes obrigatórios do novo coronavírus.
Alguns passageiros que chegaram aos principais aeroportos italianos na quinta-feira e hoje receberam um folheto que explica para que centros de saúde devem telefonar e onde se devem dirigir para realizar o teste à covid-19 e avisa que a polícia recolheu os seus dados.
Em Roma, um dos ‘drive in’ de um hospital (onde estes exames são realizados sem que as pessoas saiam dos seus carros) apresentava hoje uma espera de mais de quatro horas.
Por outro lado, algumas regiões italianas, como Emilia-Romagna e Veneto, aprovaram hoje restrições a discotecas e bares, reduzindo em 50% o número de pessoas permitido neste tipo de instalações.
Além disso, será obrigatório o uso permanente de máscara nas discotecas e bares, inclusive para dançar, coisa que só será permitida em pistas ao ar livre.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 754 mil mortos e infetou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
C/Lusa