Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (National Oceanic and Atmospheric Administration, NOAA), a temperatura global da superfície da terra e do mar esteve em julho último 0,92ºC acima da média verificada durante o século XX (15,8ºC), fazendo do mês passado o segundo julho mais quente em 140 anos, igualando julho de 2016.
Os dados mensais da NOAA sobre o clima à escala global revelam que julho de 2020 esteve apenas a 0,01ºC de igualar o julho mais quente, de 2019.
No Hemisfério do Norte, a temperatura da superfície da terra e do mar foi em julho de 2020 a mais quente para o mês de julho, com um recorde de 1,18ºC acima da média.
O leste do Canadá, o norte do Pacífico, o nordeste e sudoeste dos Estados Unidos, a Ásia ocidental e o leste da Antártida registaram uma temperatura pelo menos 2ºC superior à média para o mês de julho.
De acordo com o relatório da NOAA, a extensão da massa de gelo no oceano Ártico foi em julho de 2020 a mais pequena para este mês – menos 23,1% do que a média verificada no período de referência (1981-2010).
No oceano Antártico, a extensão de gelo registada em julho deste ano foi a nona mais pequena para este mês, ao estar 1,9% abaixo da média de 1981-2010.
Nos sete meses de 2020, a temperatura global da superfície da terra e do mar foi a segunda mais elevada desde 1880, superando em 1,05ºC a média registada no século XX (13,8ºC). O recorde pertence a 2016.
Entre janeiro e julho, as temperaturas estiveram 2,0ºC acima da média no norte da Ásia.
Em Portugal continental, segundo estatísticas do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o mês de julho de 2020 foi o mais quente em 89 anos, com o valor médio da temperatura máxima do ar a atingir os 33,34ºC.
O boletim mensal climatológico do IPMA refere que julho foi um mês "extremamente quente" no território continental, tendo contribuído para que os sete meses do ano (janeiro a julho) fossem os mais quentes desde 1931, com a temperatura média a atingir os 15,96ºC (+1,51ºC do que o normal).