A vice-Presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, acrescentou terem sido contabilizadas seis mortes, o que eleva o número total de óbitos, desde o início da quarentena em março, para 229.
O deputado opositor Juan Manuel Olivares, do partido Primeiro Justiça, contestou estes números, apontando para um total de 439 mortes causadas pela Covid-19.
Ao anunciar os novos dados, através da televisão estatal venezuelana, Rodríguez indicou que 876 casos são de transmissão comunitária e 119 importados (98 da Colômbia, 11 do Brasil, seis do Equador e quatro do Peru).
O Distrito Capital registou o maior número de novos contágios, 306, seguido pelos estados de Monágas (145), Miranda (122), Mérida (94), Zúlia (57), Bolívar (45), Sucre (23) e La Guaira (21).
Registaram-se ainda novos casos confirmados em Yaracuy (14), Apure (12), Barinas (12), Guárico (dez), Lara (oito), Táchira (seis) e Nova Esparta (um).
Na segunda-feira, o governador de Anzoátegui, António Barreto Sira, do partido Ação Democrática, disse aos jornalistas que desde 10 de julho, morreram cem pessoas com sintomatologia associada à covid-19, no estado situado a 515 quilómetros a leste de Caracas.
“Há uma realidade no nosso estado (de Anzoátegui) que é a rápida propagação do vírus nas comunidades. Muitas pessoas não vão centros (médicos) e fazem tratamentos em casa. Todos os dias há famílias inteiras suspeitas de estarem contagiadas e aumentam as mortes nos domicílios”, sublinhou.
De acordo com a imprensa local, 50 profissionais da saúde morreram desde o início da quarentena, incluindo 40 médicos.
Segundo o diário El Nacional, o novo Coronavírus conseguiu entrar nas prisões venezuelanos, ocasionando pelo menos a morte de um detido e causando preocupação entre os presos políticos.
“Na sede da Direção-Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM, serviços de informação militar), 121 pessoas testaram positivo nas provas PCR para detetar o SARS-CoV-2, entre 30 de julho e 09 de agosto, segundo uma fonte do Ministério da Saúde”, noticiou o jornal na página na Internet.
A deputada opositora Delsa Solórzano destacou que na DGCIM convivem 200 detidos, metade dos quais são presos políticos e militares.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos até quarta-feira e a população está impedida de circular entre os diferentes municípios do país.
Pelo menos 12.960 pacientes foram dados como recuperados da Covid-19 na Venezuela.