"Aquilo que eu digo é que está mais do que na hora de o PPM se afirmar como partido político. Até agora, temos andado à base de coligações, mas como estamos a crescer, penso que está mais do que na hora de o PPM na Madeira se afirmar como partido e tentar concorrer sozinho", disse, em conferência de imprensa, no Funchal.
Paulo Brito assumiu esta semana a liderança da coordenação do PPM após a demissão, em maio, de João Noronha, que abandonou também a vice-presidência ao nível nacional, bem como a militância do partido, alegando divergências com o líder, Gonçalo da Câmara Pereira.
"O PPM/Madeira tem feito um bom trabalho, temos vindo a crescer, e quero continuar com este projeto para a frente", declarou o novo coordenador regional, reforçando: "Quero constituir uma equipa trabalhadora, honesta e transparente, que não esteja ligada a qualquer tipo de lóbi e que faça tudo pelos madeirenses".
Paulo Brito coloca o foco nas próximas eleições autárquicas, no próximo ano, explicando que já iniciou contactos nos concelhos de Machico, Santa Cruz, Ribeira Brava, Calheta e Funchal para a constituição de listas.
Apesar de o objetivo ser avançar com listas próprias, o coordenador do PPM admite participar em coligações, desde que sejam respeitados alguns princípios.
"Se fizermos uma coligação, que seja benéfica para os cidadãos e não para os partidos. Esta é a minha forma de pensar e é a minha forma de atuar", afirmou, sublinhando, também, que as áreas onde o partido pretende "intervir com mais acutilância" são o ambiente, a saúde e a educação.
Paulo Brito é natural de Vila Real, Trás-os-Montes, tem 42 anos e reside na Região Autónoma da Madeira há 19 anos. É artista plástico e trabalha também numa empresa de segurança privada.