A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou em dezembro de 2019 uma resolução para a trégua olímpica ser observada este ano, mas concordou em adiar as datas para o período correspondente em 2021, devido ao reagendamento das provas.
A trégua olímpica cobrirá agora o período compreendido entre 16 de julho de 2021, sete dias antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, prevista para 23 de julho, e 12 de setembro, sete dias após o encerramento dos Jogos Paralímpicos.
“Inspirados pela adoção desta resolução, faremos o possível para aproveitar a valiosa oportunidade apresentada pelos Jogos Tóquio2020 para ajudar a construir um mundo melhor e pacífico através do desporto”, refere num comunicado o presidente do comité organizador, Yoshiro Mori.
A denominada trégua olímpica é inspirada na Grécia antiga e remonta aos primeiros jogos realizados em 776 A.C., em Olímpia, quando os reis de três cidades-Estado em guerra negociaram a suspensão temporária das hostilidades para que atletas e espetadores pudessem ir e voltar para os seus países em segurança.
Yoshiro Mori também se referiu às dificuldades que surgiram da crise provocada pela pandemia mundial de covid-19 e defendeu o uso “do poder do desporto para unir pessoas ao redor do mundo”.
O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, também elogiou a decisão, que considera ser “um grande sinal de confiança de que estes Jogos Olímpicos serão a luz no fim do túnel escuro pelo qual a humanidade está a passar”.
A resolução pede que “a trégua olímpica possa ser uma oportunidade para aproveitar o desporto na promoção de ações concretas conducentes ao diálogo e à reconciliação” e a ONU, ao promover este gesto, “reconhece o poder do desporto e a relevância dos Jogos Olímpicos para unir o mundo numa competição pacífica, proporcionando esperança para um futuro melhor”.