"Quando se fizer a história, não apenas o facto de ter atingido um superavit no orçamento, mas de ter tido uma gestão como foi aquela a que assistimos nos últimos anos, isso fica para a história. E é inquestionável", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, em Cascais.
Referindo que a saída de Centeno do Governo "é uma escolha do próprio", que respeita, o chefe de Estado elogiou a sua atuação: "Foi e ainda é um grande ministro das Finanças, contribuiu muito para o prestígio externo de Portugal, nomeadamente na União Europeia, como presidente do Eurogrupo, e foi certamente das principais personalidades políticas dos últimos anos na vida nacional. Isso é um facto que é incontroverso".
Sobre a sua saída do Governo neste momento, o Presidente da República salientou que "em democracia as pessoas são livres e, sendo livres, escolhem em cada momento aquilo que entendem que é a melhor decisão da ótica do interesse pessoal e do interesse coletivo, da sua visão do interesse coletivo".
"E temos de respeitar. Como sabem também, eu há já vários meses fiz o que entendi que devia fazer relativamente a esta matéria. Mas respeito integralmente, em todas as circunstâncias as opções daqueles que, na política, na economia, na sociedade, no trabalho, decidem as suas vidas e decidem mudar de ciclo de vida", acrescentou.
O Presidente da República comunicou hoje através de uma nota que aceitou as propostas do primeiro-ministro de exoneração de Mário Centeno, a seu pedido, do cargo de ministro de Estado e das Finanças, e de nomeação, em sua substituição, de João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento, a quem dará posse na próxima segunda-feira.
C/Lusa