"Provavelmente, num futuro muito próximo, chegarão mais aviões e, se calhar, um milhar de passageiros por dia e nós temos de ter capacidade [de rastreio] e daí a criação desta unidade", disse em videoconferência de imprensa, no Funchal.
O movimento aeroportuário na região está limitado a dois voos semanais e ao transporte máximo de 100 passageiros, mas as políticas de desconfinamento do executivo regional, de coligação PSD/CDS-PP, apontam já para um incremento da operação.
O governante indicou que, por enquanto, a quarentena obrigatória, implementada a partir de 19 de março, vai manter-se em vigor.
"Não estamos ainda em condições de suspender esta quarentena obrigatória em unidades hoteleiras", afirmou. E esclareceu: "Temos de acompanhar o que se vai passar nos países europeus, o que se vai passar a nível nacional."
Por outro lado, o Governo Regional determinou o levantamento da quarentena para os residentes na região, nas deslocações entre as duas ilhas do arquipélago – Madeira e Porto Santo – a partir de segunda-feira, 18 de maio.
"Estamos agora a preparar a segunda fase: continuamos a medir o impacto das medidas de desconfinamento testando, continuamos a testar de modo a caracterizar a nossa população, continuamos a fazer o rastreamento dos [casos] suspeitos e dos contactos, continuamos a isolar sempre que necessário", afirmou Pedro Ramos.
O governante sublinhou também que há práticas que "nunca poderão ser abandonadas", como o controlo de temperatura, inquéritos epidemiológicos, higienização das mãos, desinfeção dos espaços, uso de máscaras e o distanciamento social.
A Madeira mantém o total de 90 casos de Covid-19 pelo nono dia consecutivo, já com 59 recuperados, indicaram hoje as autoridades de saúde.
Em Portugal, morreram 1.190 pessoas das 28.583 confirmadas como infetadas, e há 3.328 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infetou mais de 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.
C/Lusa