Segundo indicou o diretor da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli, o total de óbitos situa-se nos 26.977, com mais 333 nas últimas 24 horas, número superior aos 260 registados domingo, mas muito menor que os valores diários nas últimas semanas.
O total atual de casos positivos é de 105.813, mantendo a tendência de descida, depois de 66.624 pessoas terem tido alta médica, continuando também em baixa os pacientes hospitalizados.
“Mantém-se a tendência de diminuição progressiva de óbitos e de contágios”, afirmou, por seu lado, o presidente do Instituto Superior de Saúde (ISS) italiano durante a apresentação do balanço diário da epidemia na sede da Proteção Civil.
A Lombardia (norte) continua a ser a região mais afetada, com 13.449 óbitos em 73.479 casos, seguida pela de Emília-Romana (3.431 mortes em 24.662 casos), e Piemonte (2.878 mortes em 25.098 casos).
Por outro lado, a Federação Nacional das Ordens de Cirurgiões (FNOMCEO) de Itália referiu hoje que a pandemia associada à Covid-19 provocou a morte a 151 médicos entre 11 de março e 26 deste mês.
Algumas das restrições existentes em Itália, impostas para travar a propagação do novo Coronavírus, vão ser aliviadas a 04 de maio próximo, embora as regras para as lojas de retalho, museus e outros negócios tenham de ser cumpridas por mais duas semanas.
Os cientistas que estão a aconselhar o Governo italiano afirmaram-se “preocupados” com um aumento da taxa de contágio assim que os cidadãos puderem começar a circular no país.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, já decidiu que a reabertura das atividades vai decorrer de forma gradual, uma vez que ainda não existe uma vacina contra a Covid-19.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo Coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
C/Lusa