O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse, na segunda-feira, que se a TAP fosse totalmente privada, como "o PSD queria", os passageiros "levavam com os preços" que a empresa quisesse.
"Não tenha dúvidas que se o Estado não estivesse na TAP, a preocupação com o custo dos bilhetes da Madeira" não teria lugar no parlamento, já que a empresa seria totalmente privada, prosseguiu, rematando: "Comia os preços e calava".
Pedro Nuno Santos respondia, deste modo, numa audição parlamentar conjunta das comissões de Orçamento e Finanças e da Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) – ao deputado do PSD/Madeira Paulo Neves.
Miguel Albuquerque reagiu hoje a estas declarações, afirmando que "se o ministro acha que praticar preços de 600 euros é barato, gostava que ele me explicasse o que é que é caro".
"Eu acho que ‘comer os preços’ deriva da circunstância de ele (o ministro) não ter de vir à Madeira, não ter família na Madeira, nem residir na Madeira", sublinhou, falando à margem de uma visita às obras de reabilitação do Convento de Santa Clara, no Funchal.