O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, transmitiu hoje ao ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, as preocupações da Região relativamente às consequências para a economia regional da greve dos estivadores no Porto de Lisboa.
"Ainda na sexta-feira tive de tomar uma decisão muito urgente relativamente ao transporte de medicamentos para o Serviço Regional de Saúde", revelou Miguel Albuquerque após uma reunião, na Quinta Vigia, com o ministro da Economia do Governo de António Costa.
O presidente do Governo Regional defendeu a necessidade de haver um "regime de excecionalidade" para as regiões autónomas: "Estamos dependentes das operações portuárias e as nossas necessidades dependem disso".
Miguel Albuquerque aproveitou a ocasião para agradecer à Força Aérea Portuguesa a "anuência imediata que teve relativamente ao transporte de medicamentos por via aérea".
O Sindicato dos Estivadores emitiu um novo pré-aviso de greve, a 28 de abril, para o porto de Lisboa, com incidência nos portos de Setúbal e da Figueira da Foz, que prolongou a paralisação até ao dia 27 de maio.
Já a 12 de maio foi anunciado o prolongamento da greve até 16 de junho.
A candidatura das empresas exportadoras e turísticas madeirenses aos apoios nacionais no domínio das exportações e da requalificação das infraestruturas turísticas foram outro dos assuntos analisados por ambos os governantes.
O ministro da Economia, por seu lado, disse ter tomado nota das preocupações do Governo Regional quanto à greve no Porto de Lisboa, mas realçou que essas eram matérias que dizem respeito aos ministros do Planeamento e do Mar.
Manuel Caldeira Cabral adiantou ainda ter discutido com o Governo regional as políticas de apoio ao turismo, quer na questão dos investimentos e dos fundos de apoios, quer na criação de novas rotas e na estratégia de promoção.
Disse querer estender a iniciativa "Portugal destino WiFi" à Madeira para que os turistas tenham acesso à internet em diversos pontos da cidade do Funchal.
O ministro reconheceu ainda que a Madeira "já deu passos muito interessantes" no domínio das empresas tecnológicas, mas considerou ser uma área onde "haverá mais espaço para desenvolver".
O ministro da Economia esteve na Madeira a convite da Associação Comercial e Industrial do Funchal para a entrega do Prémio Empresário Madeirense e, após o encontro com o presidente do Governo Regional, regressou a Lisboa.