Em Portugal foram vendidas 42.590 casas no segundo trimestre, menos 6,6% face ao mesmo período de 2018, divulgou hoje a APEMIP, que considera que era expectável este “arrefecimento” do mercado e pede aos proprietários que ajustem os preços.
Face ao primeiro trimestre do ano, em que foram vendidos 43.826 alojamentos familiares, a redução é de 2,9%.
Já no total do primeiro semestre, foram vendidas 86.416 casas, neste caso praticamente estável face ao período homólogo (0,1%).
Citado no comunicado que acompanha o estudo sobre imobiliário, o presidente da APEMIP considerou que “este ligeiro arrefecimento não é uma surpresa” e que se deve “sobretudo à diminuição do ‘stock’ disponível” de habitações.
“Há poucas casas no mercado, e muitas das que existem não correspondem às necessidades e possibilidades das famílias portuguesas”, referiu Luís Lima, acrescentando ainda que é necessário que os proprietários baixem os preços.
“Há muitos proprietários que têm à venda cobre ao preço do ouro, convencidos de que tudo se vende, mas não é bem assim. Os potenciais compradores, mesmo os estrangeiros, começam a ser mais cautelosos e a pensar duas vezes antes de avançar com o negócio. Há que haver algum realismo e ajustar os preços à realidade do mercado e do ativo que se tem na carteira”, afirmou.
Luís Lima considerou ainda “gritante” a necessidade de que haja mais casas para as classes média e média-baixa para ajudar à redução dos preços.
Ainda segundo o estudo da APEMIP, das casas vendidas no segundo trimestre deste ano, 36.483 eram alojamentos existentes e 6.107 novos (menos 6,2% e 9,4% face ao segundo trimestre de 2018, respetivamente).
O valor das vendas foi de 6,1 mil milhões de euros no segundo trimestre, menos 1,9% face ao mesmo período de 2018.
No total do primeiro semestre, as vendas totalizaram 12,2 milhões de euros, neste caso mais 5%.
Por regiões, no segundo trimestre, foram vendidos 14.804 alojamentos na Área Metropolitana de Lisboa, 12.043 na região Norte, 6.842 na Área Metropolitana do Porto, 8.050 no Centro, 3.735 no Algarve, 2.534 no Alentejo, 736 na Madeira e 688 nos Açores.
C/ LUSA