Das informações registadas no sistema, que inclui uma base de dados, ficam a idade, o historial de manutenção, possíveis doenças, inclinação, geolocalização, latitude e longitude, refere a autarquia.
A CMF salienta que esta medida vai permitir efetuar um “levantamento da história de todas as árvores situadas em jardins, parques e áreas verdes urbanas do concelho” e que a implantação de chips abrange “um universo global de cerca de 8.000 árvores”.
O município adianta que, na segunda fase do projeto, vai ser “adquirida uma aplicação móvel que permitirá fazer a leitura instantânea da informação de cada árvore através de um smartphone ou ‘tablet’”.
“O objetivo da autarquia é assegurar uma gestão plena da variedade de espécies existentes, bem como a manutenção contínua, apropriada e eficaz das árvores no concelho, prevenindo doenças e antecipando quaisquer necessidades de intervenção”, realça a câmara no mesmo documento.
De acordo com a vice-presidente da Câmara Municipal, Idalina Perestrelo, responsável pelo pelouro dos Recursos Naturais, “os espaços verdes são indissociáveis da identidade do Funchal”.
A autarca apontou que o Funchal é “uma cidade que é percecionada em toda a parte como uma cidade de natureza, sendo que o património arbóreo é igualmente um património natural e histórico da região”, pelo que tem “um papel fundamental no equilíbrio do meio urbano, em termos de conforto e valorização do espaço público, mas também de qualidade ambiental”.
Idalina Perestrelo sustentou que “o Funchal estará agora na linha da frente de um novo paradigma em termos de planeamento, gestão e valorização do património arbóreo da Madeira”.
A primeira fase desde projeto deve estar concluída “até meados do próximo ano”.
A vereadora realça que, quando o projeto estiver implementado, será dado “um enorme passo de futuro em termos do controlo deste património, tendo em conta que os serviços passarão a estar ao corrente da situação de cada árvore, do seu crescimento, manutenção e evolução no panorama urbano”.
“Paralelamente a todo o processo de manutenção, será possível projetar com maior rigor o planeamento urbanístico da cidade e a presença de árvores em simbiose com o edificado e com o próprio fluxo de pessoas”, acrescentou.
Na opinião de Idalina Perestrelo, “numa altura em que o património natural é posto em causa um pouco por toda a parte, o Funchal marca uma vez mais uma posição ao nível da sustentabilidade ambiental”.
A autarca concluiu que “a implementação deste novo sistema, paralelamente à contínua formação das equipas de manutenção e intervenção, irá assegurar ter em breve uma gestão do património arbóreo na vanguarda das melhores práticas europeias”.
C/Lusa