No Estádio do CD Aves, os comandados de Augusto Inácio adiantaram-se cedo no marcador por intermédio do extremo Rúben Macedo, aos cinco minutos, mas o médio ofensivo brasileiro Jhon Cley restabeleceu a igualdade aos 38.
Perto do intervalo, aos 44, o dianteiro iraniano Mehrdad Mohammadi recolocou o Aves em vantagem, através de uma grande penalidade validada com recurso ao vídeoárbitro, sendo que o centrocampista brasileiro Welinton tranquilizou os anfitriões no princípio da etapa complementar, aos 50, carimbando uma vitória inapelável do Aves perante um Marítimo com pouca acutilância ofensiva.
Com este triunfo, os avenses, que na ronda inaugural perderam no terreno do Boavista (2-1), somaram os primeiros três pontos na competição, enquanto os insulares continuam com um ponto resultante do empate da primeira jornada, na receção ao Sporting (1-1).
Num duelo que apresentou dois ‘onzes’ inalterados face à primeira jornada do campeonato, o Desportivo das Aves revelou eficácia máxima e abriu o ativo aos cinco minutos, na sequência de um canto cobrado por Mohammadi, que a defesa ‘verde-rubra’ não soube rechaçar, ao ponto de Rúben Macedo surgir em zona frontal na área, batendo Charles de pé esquerdo.
Em vantagem, os comandados de Augusto Inácio adotaram uma postura mais pragmática, cedendo as despesas do encontro ao adversário e apostando em transições rápidas e remates de longa distância, tal como demonstraram as investidas de Rúben Oliveira (18), Miguel Tavares (19) e Welinton Júnior (22), algumas mais bem direcionadas do que outras, mas sem causarem problemas à defesa forasteira.
Até aqui, a reação do Marítimo baseava-se em bolas esticadas para as costas do último reduto nortenho, mas ganhou outro colorido depois da meia-hora: Getterson desperdiçou na cara de Beunardeau (31), dois minutos antes de Correa, após cruzamento de Vukovic, rematar de forma acrobática por cima da baliza avense.
A melhor fase maritimista teve efeitos práticos aos 38, com Jhon Cley, um dos mais irrequietos, a dar continuidade ao passe de Vukovic e fugir à marcação de Mehremic, concretizando o tento da igualdade.
Com a partida equilibrada, o Aves regressou à liderança do marcador antes do descanso através da marca dos 11 metros. Bambock carregou Welinton na área insular durante a execução de um livre lateral, numa falta que Jorge Sousa assinalou depois de consultar as imagens do vídeoárbitro.
Chamado à cobrança do castigo máximo, Mohammadi bateu para a direita de Charles, que nem esboçou qualquer reação, e assinou o segundo remate certeiro na I Liga, após ter faturado no Bessa.
No regresso dos balneários, o Desportivo das Aves voltou a entrar a todo o gás e quebrou de vez as aspirações insulares à passagem dos 50 minutos, quando Mohammadi lançou a corrida de Welinton, que driblou Zainadine Júnior e não deu hipótese de defesa a Charles.
Nuno Manta tentou conferir maior ‘poder de fogo’ ao Marítimo, lançando Daizen Maeda e Marcelinho, mas o perigo raramente se acercou da baliza à guarda de Beunardeau, não alterando o 3-1 que se arrastou até ao final.
C/Lusa