"O Fractal assume-se como um festival que é de tudo e é de nada", afirmou Carolina Caldeira, da organização, porque na génese "é um festival de arte de rua, de intervenções na rua, de instalações, mas que também tem uma programação cultural alternativa de música, cinema, de leitura e acaba por ser uma mescla de todas estas coisas".
O Fractal consiste numa série de intervenções artísticas e arquitetónicas de carácter temporário que pretendem criar um circuito de exploração pela cidade e gerar elementos de surpresa no percurso quotidiano dos funchalenses e visitantes e decorre até dia 17 de julho.
É intenção da organização revelar o potencial de locais de menor circulação da cidade como largos, escadarias e becos, incentivar a exploração urbana e estimular a toma do caminho menos óbvio, com "instalações na rua em que as pessoas tanto contemplam, como interagem".
Exemplo disso é o facto de o palco principal se situar nas escadas da Rua do Bispo, junto ao Museu de Arte Sacra, no Funchal, nas imediações da Praça do Município.
Será neste palco que irão acontecer a maioria das iniciativas como projeção de filmes, concertos e as intervenções que se prendem "com a dinâmica mais literária vão acontecer numa microbiblioteca que vaio estar localizada no miradouro da Quinta das Cruzes", no Funchal.
Uma das propostas que o Fractal traz é mais contemplativa, que ficará instalada na praia dos Pescadores, na zona velha da cidade, assumida como "o final do percurso", refere Carolina Caldeira.
Questionada sobre o porquê de o festival se chamar Fractal, explicou que foi "uma ideia de chuveiro", mas que acabou por se adequar perfeitamente à proposta.
"Um crescimento em fractal é um crescimento geométrico a partir do centro e é este crescimento orgânico que nós pretendemos, fugir do centro e permitir que as pessoas desfrutem dos arredores", disse.
O festival contou com o apoio da Câmara Municipal do Funchal em oito mil euros.