"A solidariedade de Cuba com o Presidente constitucional Nicolás Maduro Moros, a revolução bolivariana e chavista e a união civil-militar do seu povo, não é negociável", indicou o Governo num comunicado divulgado pela imprensa oficial.
Na terça-feira, Washington anunciou novas sanções, que entraram em vigor na quarta-feira, que proíbem viagens de grupo ou de cruzeiro de cidadãos norte-americanos para Cuba.
Essas medidas, que visam punir Havana pelo seu apoio a Nicolás Maduro, são um golpe para a economia de Cuba, que nos últimos anos apostou no turismo.
"Os recentes ataques contra Cuba baseiam-se em falsos pretextos. O mais famoso deles é a acusação caluniosa de que Cuba está a intervir militarmente na Venezuela, uma mentira que tem sido pública e consistentemente rejeitada pelo Governo cubano", refere o comunicado.
"O objetivo é sempre tirar concessões políticas da nação cubana, através da asfixia da economia e dos danos infligidos à população", acrescenta o comunicado publicado poucas horas após a partida do último navio de cruzeiro americano do porto de Havana.
Os Estados Unidos afirmam que Cuba tem tropas na Venezuela e exigem a sua retirada, contudo o Governo cubano nega isso, assegurando que os seus 20 mil colaboradores na Venezuela são civis, a maioria médicos.
"Cuba não tem medo das medidas para reforçar o embargo" americano, em vigor desde 1962, escreveu o Presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, na rede social Twitter.
Desde que chegou à Casa Branca, em janeiro de 2017, o Presidente dos EUA, Donald Trump, endureceu a política face a Cuba com sanções aos hotéis da ilha, reduções de pessoal diplomático e a ativação de uma lei que permite pedidos em tribunais dos EUA por bens expropriada após a Revolução de 1959.
C/ LUSA