O Marítimo encerrou a temporada com duas derrotas seguidas, no 11.º lugar, com 39 pontos, a um da meta traçada no clube logo após ter conseguido a manutenção.
“Eu estou extremamente zangado porque foi o objetivo traçado. Eu tracei 42 pontos e 40 para a opinião pública. Não atingimos nem os 42 nem os 40. Acho que esse objetivo estava perfeitamente ao nosso alcance, e podem ter a certeza de que fiquei muito zangado", começou por dizer aos jornalistas, pouco antes do começo da Gala do Marítimo 2019.
A fatura é paga por todo o clube, e o dirigente garantiu que a "culpa não vai morrer solteira", embora tenha evitado transmitir os culpados, porque considerou que a gala do emblema ‘verde rubro’ é o "momento de comemorar mais uma época".
A continuidade de Petit como treinador não foi esclarecida, mesmo após o antigo internacional português, que chegou ao Marítimo em novembro de 2018, ter demonstrado interesse em continuar, pois tem um ano de opção no contrato.
"O Petit cumpriu a sua obrigação, cumpriu o que lhe foi proposto como primeira etapa, que era a manutenção, mas não cumpriu o objetivo dos 40 pontos. No entanto, não é o único culpado. Não foi possível ainda sentar com o Petit para definir o futuro. O Petit já manifestou publicamente vontade em continuar, mas não sei se é isso que me vai transmitir na reunião que vamos ter", comentou.
A meta da próxima época também foi questionada e o hábito dos insulares é de lutar pelas competições europeias, algo que é complicado, face à concorrência.
"Nós temos Benfica, FC Porto, Sporting, Sporting de Braga e Vitória de Guimarães. O orçamento mais baixo destas cinco equipas é à volta de 25 milhões de euros. É preciso ter noção do equilíbrio financeiro, dos orçamentos de cada um para perceber que, só esporadicamente é que nós podemos atingir esse objetivo. Eu queria estar na Liga dos Campeões ou na Liga Europa. Tenho de ter noção da realidade e dos valores que nós temos", respondeu.
C/ LUSA