Em declarações à agência Lusa no dia em que se evocam os 20 anos de rastreios na região, o coordenador regional destes rastreios, Joaquim Cavaco, refere "até ao final de 2018 já se realizaram cerca de 160 mil rastreios do cancro da mama na RAM", uma média de oito mil por ano.
"O que nós tínhamos há cerca de 20 anos era que cerca de 65% das mulheres estavam vivas ao fim de cinco anos e presentemente temos uma taxa de sobrevivência, ao fim de cinco anos, de 85%, que é uma taxa igual ao todo nacional e europeu", disse.
Os rastreios começaram em 1999 e estão disponíveis para todas as mulheres com idades compreendidas entre os 45 e os 69 anos de idade, ao contrário do que acontece no continente, onde só está disponível para as mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 69 anos.
O médico coordenador considera que o balanço é positivo, já que através dos rastreios tem sido possível minimizar a agressão física no tratamento da doença.
"Através deste rastreio conseguimos fazer um diagnóstico mais precoce do cancro da mama e, como consequência, fazemos menos mutilações, ou seja, cirurgias menos agressivas, menos mutilantes e evitamos os tratamentos com recurso à quimioterapia, a posteriori", afirmou.
LUSA