O anúncio foi feito pelo ministro de Comunicação, Jorge Rodríguez, numa conferência de imprensa em Caracas, durante a qual divulgou a identificação dos envolvidos, o tipo de ação que realizaram e alguns deles com a observação de que a Interpol tinha sido notificada.
"Sabemos com clareza quais os processos que violaram, onde se meteram, quais as mensagens (instruções) que enviaram às máquinas do Guri", disse.
Entre os detidos encontram-se um ex-trabalhador da desaparecida empresa estatal Electrificación del Caroní e um engenheiro.
Alguns dos suspeitos teriam, segundo as autoridades venezuelanas, fugido para a Colômbia, os EUA e a Espanha.
Os detidos são acusados pelo Governo de causar os apagões elétricos de 07, 08, 25, 26, 27 e 28 de março, que deixaram a Venezuela total ou parcialmente às escuras.
Por outro lado, o governante denunciou que desde 07 de março – data do primeiro grande apagão -, ocorreram "45 ataques de caráter menor" ao sistema elétrico venezuelano e sublinhou que o executivo "está bastante perto de conseguir um equilibro perdurável no serviço elétrico no país".
O anúncio das detenções tem lugar depois de, segunda-feira, a imprensa venezuelana ter avançado que o país poderá estar à beira de um novo apagão em que o serviço poderia demorar até um mês a ser restituído.
Entretanto, as redes sociais dão conta de que pelo menos seis Estados do país estavam hoje total ou parcialmente sem energia elétrica.
Na Venezuela são cada vez mais frequentes e prolongadas as falhas no fornecimento de eletricidade: no passado dia 07 de março de 2019, uma falha na barragem de El Guri deixou o país às escuras durante uma semana.
Em 25 de março, verificou-se um novo apagão, que afetou pelo menos 18 dos 24 Estados, incluindo Caracas, que estiveram às escuras, total ou parcialmente, pelo menos durante 72 horas.
Quatro dias depois, pelo menos 21 Estados ficaram sem eletricidade durante 24 horas.
A 01 de abril a Venezuela ativou um programa de racionamento de eletricidade que, segundo o ministro de Energia Elétrica, Igor Gavidia, "poderá prolongar-se por um ano".
Como parte do racionamento algumas regiões têm apenas 12 horas de eletricidade ao dia.
C/ LUSA