"Estando repostas as condições operacionais do aeroporto de Caracas, o voo agendado para amanhã [sábado] irá realizar-se como previsto", disse fonte oficial da TAP à Lusa.
Atualmente, a TAP realiza duas frequências semanais para a Venezuela, uma às terças-feiras e outra aos sábados.
Questionada pela Lusa sobre como tem corrido a operação nesta rota, fonte oficial disse que "tem registado níveis de ocupação inferiores ao passado, daí a redução que a TAP fez, no ano passado, de três para duas frequências semanais, no período de julho a setembro de 2018".
Atualmente, e depois dos problemas do passado que a TAP teve em trazer para Portugal o dinheiro da venda de bilhetes, a companhia não vende diretamente na Venezuela e não tem valores a repatriar.
A companhia aérea American Airlines suspendeu temporariamente os seus voos de e para a Venezuela devido a problemas "de segurança", anunciou hoje aquela companhia americana à agência de notícias France-Presse.
"A segurança das nossas equipas e dos nossos clientes sempre foi a nossa prioridade número um. A American [Airlines] não pode servir países que não considera seguros", indicou por ‘email’ a companhia que normalmente realiza três voos diários de Miami (Florida) para a Venezuela, incluindo dois para a capital, Caracas.
Em 12 de março, o voo que a TAP tinha previsto fazer para a Venezuela foi cancelado por falta de condições operacionais no aeroporto de Maiquetía, o principal do país, disse, na altura, fonte da companhia aérea à Lusa.
A mesma fonte explicou ainda que a TAP estava a analisar “muito de perto” a evolução da situação na Venezuela “para atempadamente decidir sobre o voo de sábado”. Voo este que agora se confirma.
Segundo o jornal Público, no domingo, uma tripulação da companhia espanhola Air Europa foi atacada a tiro num hotel de Caracas.
“Presumíveis assaltantes, que se deslocavam de moto, tentaram parar o furgão no qual a tripulação fez a viagem entre o aeroporto e o hotel, onde se encontrava a equipa que a deveria render”, escreveu o jornal.
O Público acrescentou ainda que os elementos da Air Europa chegaram a estar sequestrados no hotel, antes de voltarem todos ao aeroporto e partir para Espanha.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente interino e declarou que assumia os poderes executivos do chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro.
LUSA