A Air France, que efetua voos cinco dias por semana entre Paris e Caracas, já tinha tomado uma decisão semelhante em julho de 2017.
A decisão acontece numa altura em que se aproxima a data-limite (23 de fevereiro) imposta pelo autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, para a entrada de ajuda humanitária internacional no país.
Apesar da rejeição do Governo de Nicolás Maduro, que considera esta entrada de ajuda humanitária um pretexto para lançar uma invasão armada, há cerca de 700 mil voluntários disponíveis para acolher, em vários postos fronteiriços, ajuda dos Estados Unidos da América e do Brasil.
A crise política na Venezuela, onde vivem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes, agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
A repressão dos protestos antigovernamentais desde 23 de janeiro provocou já 40 mortos, de acordo com várias organizações não-governamentais.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou mais de 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
Na Venezuela residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
C/ LUSA