"Continuamos a ter aqui austeridade, como continuamos a ter austeridade no continente", disse o sindicalista, que hoje foi reeleito presidente da União Geral de Trabalhadores/Madeira, na sequência do III Congresso Regional da central sindical.
Ricardo Freitas reconheceu "algum esforço" do executivo madeirense, mas indicou que a taxa de desemprego – 8,8% – é um sinal evidente de dificuldades, embora admita que a percentagem aumentou com o regresso de emigrantes da Venezuela, cerca de 7.000 desde 2016.
O líder regional da UGT, que vai cumprir o terceiro mandato, vincou também a necessidade de criar "emprego com qualidade" e não emprego precário.
A sessão de encerramento do congresso contou com a presença do vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, que sublinhou precisamente o facto de a taxa de desemprego na região ter baixado de 18% em 2012 para 8,8% em 2019.
O governante revelou, por outro lado, que o descongelamento de carreiras no arquipélago beneficiou, em 2018, cerca de 9.500 funcionários públicos, entre os quais se destacam o pessoal docente, trabalhadores das carreiras gerais do Serviço Regional de Saúde e trabalhadores do Instituto de Segurança Social da Madeira.
Segundo disse, o processo representou um esforço de quase três milhões de euros para o Governo Regional.
Pedro Calado vincou que grande parte das medidas laborais adotadas na Madeira resultam da autonomia da região, sublinhando que "só não fomos mais longe porque a legislação, ainda com alguns vícios do centralismo, não nos permite".
Por outro lado, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, destacou algumas medidas executadas pelo governo madeirense que considera positivas, como a exclusão da representação da CGTP-IN do Conselho Económico e Social e o aumento do salário mínimo para um valor superior ao nacional – 615 euros.
O sindicalista destacou também o papel da UGT na obtenção de "acordos essenciais" para consolidar a democracia e assegurar a paz social, mas advertiu que a organização "não tem medo de ir para a rua".
C/ LUSA