O presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Madeira afirmou hoje que o Serviço Regional de Saúde (Sesaram) precisa de 400 enfermeiros para suprir as atuais necessidades dos serviços, que estão "em carência" desde 2010.
O executivo madeirense abriu um concurso público de admissão de 64 novos profissionais para contrato a termo incerto, mas, para o sindicato, o número é insuficiente.
As contratações "não vão resolver o problema de fundo, indo apenas minimizar a grave carência de enfermeiros que já vem desde 2010/2011", apontou Juan Carvalho no final de uma reunião com a Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, Rubina Leal, no Funchal.
No entanto, o responsável considerou a medida "positiva" e reconheceu que "a situação não pode ser resolvida de um dia para o outro".
O sindicato acredita, apesar de tudo, que a região tem "condições para, no espaço da atual legislatura, admitir os 400 enfermeiros que neste momento são necessários para o Sesaram".
A reunião com a secretária serviu também para abordar a falta de enfermeiros em dois lares tutelados pela Segurança Social da Madeira – Lar de Santa Isabel e Lar da Bela Vista, ambos no Funchal -, "num setor em que as necessidades em cuidados de enfermagem estão progressivamente a aumentar".
Juan Carvalho afirmou ter tido a garantia da parte da secretária de resolver os problemas que afetam os lares.
No Lar de Santa Isabel "existem 280 utentes, muitos com altas dependências, e há enfermeiros contratados a termo ou em estágio profissional, algo que não se compagina", apontou como exemplo.
O responsável ressalvou ainda a necessidade, após a admissão de enfermeiros, "encontrar formas de fixação dos profissionais nestas instituições de forma permanente".
Para estas duas instituições, indicou, serão necessários 60 enfermeiros, quando, neste momento, são servidas por 30 profissionais.