A sessão de apresentação do documento, ocorrida hoje, contou com a presença do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, que destacou que este é um instrumento “em permanente atualização”, tendo sido “atingido mais um objetivo em termos de saúde pública na região”, com a sua conclusão.
“Temos um problema – a circunstância de haver alguma utilização da saúde pública para fins partidários, o que é normal”, acrescentou o social-democrata.
No seu entender, esta carta, que constitui um inventário do equipamento existente na área da saúde do arquipélago, “também vem desmistificar algumas ideias que são lançadas, de que a saúde está caótica, que houve desinvestimento na saúde, que o investimento na saúde é mais baixo na região do que nos Açores ou continente, quando acontece e é o contrário”.
Albuquerque apontou os três grandes objetivos para este setor, nomeadamente o avanço nos cuidados primários – que “será o futuro e a sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde” -; a construção do novo hospital, que tem o concurso internacional já lançado; e o clima de diálogo com todas as classes dos recursos humanos.
O governante destacou o “permanente investimento técnico e na requalificação das infraestruturas”, vincando que esta carta “é um instrumento fundamental para uma melhor utilização racional dos recursos”, que vai permitir garantir a “transparência” na informação, sendo “mais um passo para a democratização e escrutínio” do trabalho desenvolvido, visto que divulga todos os dados.
O levantamento constante desta carta regional refere, entre outros aspetos que, ao nível dos centros de saúde “o parque é moderno, necessita, no entanto, de manutenção preventiva e curativa”.
No que diz respeito ao equipamento médico pesado, o documento aponta ser “necessário repensar autorização de novos equipamentos”.
Em matéria de camas de internamento dos hospitais por mil habitantes, verifica-se que a região tem um índice de 7,1, os Açores 6,2 e Lisboa quatro. A média nacional é de 3,4.
Na análise técnica efetuada aos edifícios dos centros de saúde, verificou-se que 60% têm entre 10 e 20 anos. Entretanto, já foram feitas alterações profundas em algumas infraestruturas, como na Camacha e no Curral das Freiras.
A avaliação ainda indica ser “possível trocar equipamentos dentro do Serviço Regional de Saúde (SRS), com diminuição de custos e otimização de recursos”, e aferir da depreciação de alguns equipamentos.
A Carta de Equipamentos de Saúde da RAM foi concretizada pela Secretaria Regional da Saúde ao abrigo de um protocolo com o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), abrangendo os setores públicos e privados na área da Saúde.
Todos os elementos e informações, desde a localização, recursos humanos, valências, mapas dos imóveis e equipamentos disponíveis podem ser consultados nesta cartam que está na página da internet da Secretaria Regional da Saúde da Madeira.
C/ LUSA