Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, de Cuba, Miguel Díaz Canel, de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, e da Óssétia do Sul, Anatoli Bibílov, chegaram quarta-feira a Caracas, para assistir à tomada de posse de Nicolás Maduro.
Em Caracas está também, para assistir à tomada de posse de Maduro, a vice-presidente da Turquia, Fuat Otkay, o vice-presidente de Suriname, Michael Ashwin Adhin e o ministro da Defesa da República Islâmica do Irão, Amir Hatami.
Na cerimónia vão também marcar presença o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, o luso-descendente Ralph Gonsalves, o presidente do Senado de Granada, Chester Humphrey, o vice-primeiro-ministro de Dominica, Reginald Austrie e o primeiro-ministro de São Cristóvão e Neves, Timothy Harris.
Na Venezuela encontra-se igualmente a ministra dos Negócios Estrangeiros de Antígua e Barbuda, Everly Paul Chet Greene, o vice-presidente do Conselho da Federação da Assembleia Federal da Rússia, IlyasUmakhanov, e o ministro de Economia, Desenvolvimento, Petróleo, Comércio e Investimento de Belize, Erwin Contretas.
Fontes oficiais dão ainda conta da presença de delegações da África do Sul, Argélia, Bielorrússia, da China, da República Democrática do Congo, da Irlanda, do Líbano e da Rússia, bem como do embaixador da Missão Permanente da Liga dos Estados Árabes no Brasil, Qais Shqair, e o embaixador moçambicano em Cuba, Eliseu Joaquim Machava que encabeça a delegação de Moçambique.
Em representação da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) está o seu secretário-geral, Mohammed Barkindo.
Portugal, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, não estará representado politicamente.
O Grupo de Lima, composto por 13 países latino-americanos (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Perú, Guiana e Santa Lucia) e o Canadá, não reconhece o novo mandato de seis anos que Nicolás Maduro iniciará hoje, uma posição que apenas o México não subscreveu.
Os EUA questionam a legitimidade do processo e a União Europeia pede que sejam realizadas novas eleições presidenciais no país.
Nos últimos dias, dezenas de movimentos, grupos de amizade e de solidariedade de vários continentes, inclusive de alguns países que não reconhecem o novo mandato de Nicolás Maduro, expressaram o seu apoio ao primeiro mandatário venezuelano.
O ato de tomada de posse será transmitido em direto pelas estações de televisão da Venezuela e, tal como tem acontecido com as últimas conferências de imprensa de Nicolás Maduro, será acompanhado à distância nas embaixadas e consulados venezuelanos.
O Presidente da Venezuela vai prestar juramento perante o Supremo Tribunal de Justiça, ao invés da Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição detém a maioria), já que não reconhece a legitimidade deste órgão, que acusa de estar a afrontar as sentenças daquele tribunal.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Maduro foi reeleito para um novo mandato presidencial nas eleições antecipadas de 20 de maio de 2018, com 6.248.864 votos (67,84%).
Um dia depois das eleições, a oposição venezuelana questionou os resultados, alegando irregularidades e o não respeito pelos tratados de direitos humanos ou pela Constituição do país.
LUSA