"O lançamento da obra mais importante dos últimos anos e um desígnio regional – pelo menos para alguns – é o novo hospital da Madeira", declarou Amílcar Gonçalves na Comissão Especializada de Economia, Finanças e Turismo da Assembleia Legislativa, no debate das propostas de Orçamento e Plano para 2019.
O Orçamento Regional do próximo ano, que será alvo de votação final no parlamento madeirense na sexta-feira, totaliza 1.928 milhões de euros.
Do orçamento da secretaria, 135 milhões referem-se ao Funchal.
"Mesmo contra a vontade do Governo do PS e de alguns partidos regionais mais amigos de Lisboa do que dos madeirenses, o Governo Regional conseguiu lançar a empreitada”, acrescentou o governante, referindo-se ao novo hospital.
Na segunda-feira, o vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, indicou que a verba inscrita no próximo ano para o Hospital Central da Madeira tem uma verba inscrita de cerca de 65 milhões de euros.
Amílcar Gonçalves referiu hoje, na comissão, que o conjunto de obras da sua tutela no próximo ano “é muito diversificado e transversal, apresentando um particular enfoque nas áreas da saúde, da educação, das acessibilidades e da segurança".
Na saúde, disse, decorrem obras no hospital dos Marmeleiros, para dotar de melhores condições a unidade, que funciona há cerca de 80 anos na freguesia do Monte, na periferia do Funchal.
Também está em curso uma "profunda remodelação" no Bloco de Obstetrícia e da Central de Gases do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, prevendo o executivo "avançar para o Bloco Central e Urgências, cujos projetos de execução já estão em avançado desenvolvimento".
O governante enunciou igualmente investimentos no centro de saúde da Calheta, Santa Cruz, Arco da Calheta e São Vicente, além de uma "empreitada que vai melhorar significativamente a resposta do da Nazaré”, no Funchal. Esta obra, “já adjudicada, vai iniciar-se em breve".
Na área da educação, prevê-se criar cobertura para os polidesportivos das escolas do primeiro ciclo e sobre o setor das acessibilidades o secretário madeirense falou da "aposta de retomar obras das vias expresso", interrompidas devido às dificuldades colocadas pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro da Madeira, que vigorou entre 2012 e 2016.
De acordo com Amílcar Gonçalves, serão feitas, na conservação e monitorização de equipamentos e infraestruturas já construídos, beneficiações "quase sempre executadas por administração direta".
"Merece destaque o trabalho do Laboratório Regional de Engenharia Civil no reforço do sistema de previsão e alerta de aluviões", disse, assegurando que "ninguém esqueceu o 20 de fevereiro de 2010” – a aluvião que causou 43 mortes e prejuízos materiais estimados em 1.080 milhões de euros.
Este trabalho vai ser "complementado com um sistema de deteção de incêndios florestais, cobrindo assim dois dos maiores riscos que afetam a ilha da Madeira".
A consolidação de taludes e escarpas, e o lançamento de concursos para ampliação do molhe da Pontinha e do reforço desta muralha desta infraestrutura estão também previstos para 2019.
C/LUSA