“O POCIF é um programa de sucesso na Região Autónoma da Madeira. Já tem quatro anos de atividade, em todos temos melhorado a nossa prestação”, afirmou o secretário regional da Saúde madeirense, Pedro Ramos, que tutela a área da Proteção Civil.
Fazendo um balanço do POCIF, o governante insular apontou que a diferença este ano foi o seu prolongamento por mais um mês, porque começou a 15 de junho e devia ter terminado a 15 de outubro.
O governante também enunciou como novidades a introdução dos níveis de alerta, uma estrutura de comando, coordenação e controlo da responsabilidade dos comandantes de todas as corporações da Madeira, o aumento de equipas de combate a incêndios florestais e o número de operacionais.
O custo deste programa foi este ano superior em relação aos anos anteriores, na ordem dos 336.600 euros. No ano passado o governo madeirense investiu 155.385 euros nesta área, o que significa que se “continua a fazer investimento na Proteção civil na Região Autónoma da Madeira”.
“Estamos preocupados com estes quatro/cinco meses em que estivemos mais alerta, mais vigilantes, mais assertivos, no sentido de identificar todas as situações que podiam dar origem a incêndios incontroláveis”, afirmou o secretário regional, destacando ainda o trabalho conjunto dos operacionais no terreno e do meio aéreo, que ajudou “nas zonas de inacessibilidade”.
Pedro Ramos vincou que o POCIF permitiu “combater tudo o que apareceu” em termos de focos de incêndio nestes últimos cinco meses na região.
O responsável destacou que “houve situações de maior intensidade, mas como havia outros meios [na região] foi possível controlar de outra forma”, assegurando que a Madeira vai continuar a trabalhar desta maneira.
“O POCIF vai ter nos próximos anos as mesmas características e assertividade que teve 2018”, enfatizou.
“Chegámos a 15 de novembro. Agora será um período que não precisamos de tanta atenção, mas estamos preparados não para se acontecer, mas para quando acontecer”, salientou o governante madeirense.
Por seu turno, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, José Dias, afirmou: “Estamos satisfeitos e radiantes por ter conseguido manter a Madeira livre dos fogos, do flagelo dos incêndios florestais que era o principal desígnio com que todo este dispositivo foi montado”, salientando que a “articulação entre todas as entidades foi fundamental” para “o sucesso da missão.
Em termos de balanço, o POCIF contou com o envolvimento de 8.996 operacionais em cinco meses, contado com 2.982 equipas de combate a incêndio florestal (ECIF) e que percorreram 225.382 quilómetros do território regional.
As equipas combateram 416 queimadas não autorizadas (72%) vigiaram 21 autorizadas, 113 focos em mato, 10 em área agrícola e 22 em zona florestal, representando o incêndio em povoamento apenas 3,6% das saídas.
O concelho de Câmara de Lobos, o município vizinho a oeste do Funchal, foi o que deu mais trabalho à Proteção Civil, com 149 ocorrências.
Destaque neste balanço para a primeira intervenção dos meios aéreos, o helicóptero no combate a incêndios, que realizou 47 missões, fez 71 horas de voos, das quais 53 em treino, procedendo a 506 descargas.
LUSA