As três estruturas sindicais que convocaram a paralisação manifestaram à agência Lusa a convicção de que esta vai ser uma grande greve nacional na administração pública, tendo em conta o descontentamento demonstrado pelos trabalhadores.
Inicialmente a greve foi convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (ligada à CGTP) para pressionar o Governo a incluir no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) a verba necessária para aumentar os trabalhadores da função pública, cujos salários estão congelados desde 2009.
Mas, após a última ronda negocial no Ministério das Finanças, no dia 12, a Federação de Sindicatos da Administração Pública e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, ambos filiados na UGT, anunciaram que também iriam emitir pré-avisos de greve para o mesmo dia, tendo em conta a falta de propostas do Governo, liderado pelo socialista António Costa.
Na quinta-feira à noite, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse esperar uma “grande adesão” dos funcionários públicos à paralisação, que mostre ao Governo a “forte indignação” do setor.
“Creio que esta greve da administração pública vai ter uma grande adesão dos trabalhadores, quer no continente, quer nas regiões autónomas, desde logo porque se sentem indignados”, afirmou Arménio Carlos, em declarações à agência Lusa, junto às instalações dos Serviços Intermunicipalizados de Águas e Resíduos dos Municípios de Loures e Odivelas.
Os primeiros efeitos do protesto começaram a sentir-se na quinta-feira à noite nos hospitais, com a mudança de turno das 23:00, e nos serviços de saneamento das autarquias, onde a recolha de lixo começou às 22:30.
LUSA