Segundo o Instituo de Meteorologia e Hidrologias (Inameh), além do Distrito Capital, o mau tempo fustiga os Estados de Delta Amacuro, Sucre, Monágas, Nueva Esparta, Anzoátegui, Bolívar, Lara, Zúlia, Falcón, Yaracuy, Arágua, Carabobo, Miranda e Vargas.
O mau tempo, que começou a sentir-se na última sexta-feira vai continuar nas próximas 72 horas e, segundo o Inameh, deve-se a uma onda tropical e à atividade da chama Zona de Convergência Intertropical, região onde os ventos alísios do hemisfério norte convergem com os do hemisfério sul.
Em Caracas as intensas chuvas provocaram inundações em várias urbanizações e pontos importantes de circulação, como a Avenida Libertador e a Avenida Francisco Fajardo, impedindo a circulação.
Um pouco por todo o lado correntes de águas com terra varriam as ruas, dificultando inclusive o regresso dos trabalhadores a casa, numa cidade onde o transporte de passageiros está paralisado em mais de 80% devido a falta de peças de reposição para viaturas.
Ainda em Caracas, o Rio Guaire, que atravessa horizontalmente a cidade, está a escassos centímetros de transbordar.
Fora de Caracas há registos de carros arrastados, casas afetadas pelo transborde de água de rios e ribeiras nos Estados de Trujillo e Táchira (onde caíram algumas pontes) e também nos Estados de Miranda e Vargas.
Os serviços de Proteção Civil e o Ministério do Interior e Justiça, anunciaram estar a monitorizar a situação.
Fontes não oficiais dão conta de que durante o passado fim-de-semana terá falecido uma pessoa, em Carayaca, uma localidade do Estado venezuelano de Vargas, a norte de Caracas.
A oposição venezuelana está a responsabilizar o Governo pelos estragos. A falta de um programa de manutenção de esgotos em Caracas é um dos principais problemas apontados.
LUSA