Na quarta-feira os advogados das partes comunicaram ao Tribunal de São Francisco ter alcançado um princípio de acordo.
Os detalhes do acordo ainda não foram divulgados e têm que ser aprovados pelo tribunal. Por isso, o princípio de acordo adiou a audiência marcada para setembro.
Quando em 2022 Elon Musk comprou o Twitter, demitiu cerca de seis mil funcionários (mais da metade da força de trabalho). Alguns processaram a empresa alegando que não foram pagos todos os benefícios previstos no plano de rescisão.
A ação judicial argumenta que desde 2019 o plano de rescisões do então Twitter previa que os funcionários receberiam dois meses de salário base e mais uma semana de salário por cada ano completo de serviço. Sendo que os funcionários em postos mais elevados tinham direito a seis meses de salário base.
No entanto, Elon Musk pagou a alguns trabalhadores demitidos no máximo um mês de indemnização, enquanto outros não receberam nada.
A BBC entrou em contato com o X (antigo Twitter) e com os advogados que representam os funcionários para comentar o assunto.
De acordo com documentos judiciais apresentados por ambos, consultados pela BBC, “as partes chegaram a um acordo preliminar e começaram a negociar os termos de um acordo definitivo”. Este caso tem alimentado o debate sobre a forma como os trabalhadores são tratados durante processos de venda e aquisição de empresas, especialmente quando estão envolvidos gigantes de tecnologia.
Este princípio de acordo marca um grande ponto de viragem nesta longa saga legal e permite que Musk e a X Corp (empresa que gere o X) evitem um recurso potencialmente caro e batalhas legais sem fim que poderiam prejudicar a imagem pública da empresa.
Lusa