“Sinto-me muito bem por ter sido o único”, disse à Lusa o estudante que, com uma média de 18,94 valores, colocou o curso de Engenharia Civil (ensino em inglês) da Universidade da Madeira no topo das médias de entrada na primeira fase do concurso nacional.
Neto de madeirenses, Juan Batista adiantou que este curso “sempre foi o sonho”, tendo no ano letivo anterior sido “encaminhado para Lisboa”, onde fez o primeiro semestre no Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa.
O aluno mencionou que regressou à Madeira “devido à situação na Venezuela há cerca de três anos”, residindo desde essa altura na freguesia da Camacha, no concelho de Santa Cruz.
“Penso que sou o único aluno do curso que entrou pelo contingente nacional” na Universidade da Madeira apontou, complementando ter conhecimento de que “existem mais alunos, sobretudo oriundos da África do Sul e Venezuela".
De acordo com os dados divulgados hoje pela Direção-Geral de Ensino Superior (DGES), o curso da Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia da Universidade da Madeira passou a ser o detentor da distinção da média mais alta de entrada no ensino superior público à custa de um único aluno, que entrou em Engenharia Civil (ensino em inglês) com uma média de 18,94 valores.
Este é o único colocado, até ao momento, naquele curso, que tinha à partida 20 vagas disponíveis.
A média de entrada mais alta ficou ligeiramente acima do segundo melhor registo, que este ano pertence ao curso de Engenharia Física Tecnológica (18,9 valores), do Instituto Superior Técnico (IST) de Lisboa, que por sua vez superou Engenharia Aeroespacial, também do IST, detentora da média mais alta em 2017 (18,8 valores), e que este ano, com um registo de 18,5 valores, ficou em terceiro lugar entre os cursos com médias de entrada mais elevadas.