O Ministério Público pediu também penas de prisão efetiva, nos mesmos moldes, para Vítor Catão, Hugo Carneiro “Polaco”, Vítor Aleixo pai e filho, com o mesmo nome.
De acordo com o Ministério Público, o que aconteceu na Assembleia Geral do Futebol Clube do Porto foi resultado de um plano organizado e liderado por Fernando Madureira para criar o caos. O objetivo, alega a acusação, seria defender a a perpetuação de Pinto da Costa e a não aprovação dos estatutos seria uma derrota para os Superdragões.O Ministério Público refere mesmo um clima de controlo e intimidação.
O pedido foi conhecido esta segunda-feira, durante o período de alegações finais do julgamento da Operação Pretoriano, que decorre no Porto. No arranque das alegações finais desta operação, o Ministério Público considerou assim que o casal Madureira tinha interesse em manter Pinto da Costa no poder do FC Porto.
Os 12 arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais Fernando Madureira, que é o principal suspeito, começaram a responder a 17 de março por 31 crimes no Tribunal de São João Novo, no Porto.
Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, em torno de uma AG do FC Porto, em novembro de 2023.
Entre a dúzia de arguidos, Fernando Madureira é o único em prisão preventiva, a medida de coação mais forte, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases.
O coletivo de juízes da Operação Pretoriano marcou para esta segunda e terça-feira as alegações finais do julgamento da Operação Pretoriano.