Pedro Calado falava aos jornalistas à margem do Colóquio de Estatística Regional da Madeira, que decorreu no Funchal, confrontado com a situação de muitos automobilistas não estarem a sentir o efeito desta medida.
Aquando da apresentação do Orçamento Retificativo do executivo madeirense, que será discutido a 12 de julho na Assembleia Legislativa da região, o governante anunciou que haveria uma alteração deste imposto.
Explicou que a Madeira pagava “menos 4,5% sobre o preço que é praticado [no continente] na gasolina e menos 8,5% no gasóleo", sendo que, "com esta redução do ISP, passa para menos 7,23% na gasolina e menos 9,13% no gasóleo".
"Estamos a estimar que até ao final deste ano, no segundo semestre, tenhamos à volta de menos 1,4 milhões de euros com esta redução fiscal", afirmou nessa ocasião.
Pedro Calado salientou hoje que a melhor forma de explicar à população o facto de não haver uma redução muito visível no preço dos combustíveis no arquipélago é instar as pessoas “a comparar os preços hoje dos combustíveis relativamente aos que estão no continente”.
“A medida que o Governo Regional tomou foi de redução da carga fiscal do ISP, mas há um preço que não conseguimos mexer, que é o da matéria-prima, o preço do crude, do baril de petróleo, esse é um preço que vai ser sempre volátil”, argumentou.
O responsável do executivo insular destacou que se esta medida não tivesse sido tomada “hoje o madeirense estaria a pagar mais pelo gasóleo e gasolina do que está a pagar”, porque o valor ainda seria mais acrescido porque é necessário ter em conta o custo do transporte para a região.
Pedro Calado realçou que o preço da matéria-prima é igual na Madeira e no território nacional, estando o Governo madeirense apenas a “reduzir receita fiscal no orçamento da região para dar essa compensação a famílias e empresas de pagarem menos no combustível”.
“Senão estariam a pagar um preço superior ao que está afixado”, vincou.
O vice-presidente concluiu: “Não confundam o preço da matéria-prima com a taxa de imposto, porque não tem nada a ver uma coisa com a outra”.
LUSA