O livro "Emigração madeirense para a Venezuela (1940-1974)" é lançado na terça-feira no Centro de Estudos de História do Atlântico, no Funchal, retratando contextos, histórias e o espírito associativo entre a Região e a Venezuela.
De acordo com a autora, Joselin da Silva do Nascimento Gomes, apesar de já existirem madeirenses na Venezuela nas décadas de 20 e 30, foi a partir de 1945 – e ao longo da década de 50 – que se verificou o mais forte aumento emigratório para este país, que passou a ser o "El Dorado", devido à moeda forte, às facilidades de investimento e aos proveitos do petróleo.
A pesquisa para este livro, que resulta de uma dissertação de mestrado, centrou-se nas duas principais fases de emigração madeirense para a Venezuela, designadamente entre 1940 e 1960.
A primeira corresponde a "uma emigração por necessidade, devido ao excesso demográfico", e, por outro, "à aventura e desejo de enriquecer com negócios próprios". A emigração verificada entre 1961 e 1974 está "relacionada com a fase da Guerra Colonial em África, altura em que muitos jovens partiram para não serem obrigados a exercer serviço militar".
A autora "baseia a sua pesquisa numa amostra de entrevistas de emigrantes madeirenses, em informação veiculada pela imprensa local, em alguma documentação histórica e na repercussão deste fenómeno na literatura madeirense, sendo, todavia, a ligação familiar ao fenómeno das mobilidades aquela que motiva esta abordagem e que confirma o interesse da segunda e terceira gerações pelo aprofundamento das suas raízes e pela emigração madeirense".
O lançamento da obra contará com a presença da diretora Regional da Cultura, Teresa Brazão, e a sua apresentação estará a cargo do professor e historiador Alberto Vieira.
LUSA