Os algoritmos das redes sociais são desenhados para se moldarem aos gostos do utilizador e sobretudo para “gerar lucros às plataformas”, considerou o investigador do MediaLab do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e a Empresa (ISCTE-IUL), em declarações à Lusa.
É evidente que “os donos das plataformas e as pessoas que as gerem podem mexer no algoritmo, portanto há sempre a possibilidade de manietarem o algoritmo de alguma forma para privilegiar determinados resultados”, disse.
Para José Moreno, o X, de que Elon Musk é proprietário, é “um caso paradigmático da influência do setor político sobre uma plataforma de redes sociais”, sendo possível “identificar algumas alterações no modo de funcionamento da plataforma, nomeadamente do ponto de vista do algoritmo, que indicam um favorecimento de certo tipo de conteúdos mais ligados à direita”.
Vários indícios apontam que, no caso das eleições em fevereiro na Alemanha, existiram esforços de manipulação do algoritmo das redes sociais, no X e no TikTok, para fazer passar mensagens de apoio à extrema-direita, de acordo com a Democracy Reporting International (DRI) e a organização não-governamental Global Witness.