O deputado falava após uma visita que o grupo parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa da Madeira efetuou hoje a uma das zonas mais afetadas pelos incêndios, no Alto da Pena, na freguesia de Santa Luzia, no Funchal, tanto ao nível das escarpas como das habitações” e onde três pessoas perderam a vida.
“Os incêndios de 2016 foram um dos eventos mais dramáticos da história recente da Madeira”, salientou o parlamentar do PSD insular, recordando a tragédia, quando o fogo chegou pela primeira vez ao centro do Funchal, provocou prejuízos materiais avaliados em 157 milhões de euros pelo Governo Regional da Madeira e “teve um grande impacto na população”.
Sérgio Marques recordou que, após os incêndios houve “uma manifestação de solidariedade” por parte da República, “fazendo ponto de honra” e prometendo um reforço de verbas ao abrigo do Fundo de Coesão da União Europeia na ordem dos 30,5 milhões de euros para a região.
O objetivo era a Madeira poder efetuar a consolidação de escarpas e taludes sobranceiros a estradas regionais e aglomerados habitacionais, visando garantir a segurança das populações em zonas consideradas de risco.
Sérgio Marques assegurou que “a Madeira ainda não recebeu um euro” desse apoio.
No entender do grupo parlamentar, o Governo nacional voltou a “falhar” com este compromisso assumido para a recuperação dos danos provocados pelos incêndios do verão de 2016.
“Hoje estamos confrontados com uma evidência dessa falta de solidariedade, depois de o próprio primeiro-ministro e vários membros do Governo da República terem assumido esse compromisso logo após os eventos, em agosto de 2016", declarou.
No entender dos deputados sociais-democratas madeirenses, esta postura é "absolutamente inqualificável”, uma vez que a região autónoma já deu “seguimento a investimentos, na sequência até da abertura de concurso para uma série de obras”, e agora não possa contar com “a prometida solidariedade por parte do Governo da República".
O parlamentar do PSD/Madeira concluiu defendendo que o Governo da República deve reconsiderar a sua posição nesta matéria.
“Queremos acreditar que o Governo da República possa ainda reconsiderar a sua posição, mas cada vez mais os sinais apontam para uma incapacidade do Governo para assumir o seu compromisso”, concluiu.
LUSA