Desde hoje que o Plano Operacional de Combate aos Incêndios Florestais (POCIF) está em vigor na Madeira, mantendo-se até 15 de outubro, podendo, no entanto, ser prolongado "dependendo das condições atmosféricas", caso sejam "extremas", declarou Miguel Albuquerque na visita que fez à sede da Proteção Civil Regional.
Na ocasião, disse que "1.692 equipas estão no terreno a percorrer cerca de 100 mil quilómetros no sentido de prevenir os fogos", num total de 5.126 operacionais que englobam bombeiros, exército, GNR e elementos do Instituto das Florestas.
O POCIF consiste essencialmente na prevenção e no combate às ignições iniciais dos incêndios e este ano, pela primeira vez, o governo regional tem à disposição um meio aéreo de combate.
O helicóptero corresponde a um investimento "importante" do executivo madeirense e Miguel Albuquerque quis "deixar claro que quem vai pagar, quer a equipa, quer o aluguer do helicóptero, é o governo [regional] através de 1,2 milhões de euros".
No total, o POCIF custará aos cofres da região 1,386 mil euros, estando o responsável esperançado que os operacionais "tenham pouco trabalho".
Recordou que a utilização de meios aéreos na Madeira foi sempre muito discutida e, depois de ter pedido um estudo à Autoridade Nacional de Proteção Civil sobre a eficácia do mesmo, ficou decidido usar este meio de combate.
"O helicóptero pode dar um contributo para o combate às situações de ignição dos incêndios, ou seja, o início dos fogos, e com essa conclusão nós não tivemos nenhuma dúvida sobre disponibilizar anualmente cerca de 1,2 milhões de euros do orçamento regional para ter o aparelho", disse.
O governante reafirmou ainda que o executivo manterá a sensibilização da população para o período mais crítico.
"Nós temos, neste momento, de dar mais informação e aplicar as multas que forem necessárias porque, muitas vezes, as pessoas sabem, mas vão prevaricando, algumas, não todas", explicou.
O presidente do Governo Regional disse ainda que o executivo madeirense estará particularmente atento a queimadas sem autorização.
"Numa altura de verão com ventos, temperaturas altas, a última coisa que se pode fazer é queimadas descontroladas. Uma pessoa de bom senso sabe isso", afirmando ainda que "as multas serão para aplicar".
C/ LUSA