"Do ponto de vista local temos de perceber melhor a composição do lixo que ocorre na costa, porque podemos estar a falar de uma forte componente que não é produzida localmente", explicou Pedro Sepúlveda, técnico daquela direção regional, no âmbito de uma reunião de parceiros, que decorre hoje no Funchal.
O Projeto Clean Atlantic é financiado pela União Europeia através do INTERREG Atlântico, no valor total de 3,2 milhões de euros, e pretende avaliar até 2020 a problemática do lixo marinho no espaço atlântico.
"É um consórcio de 13 entidades, entre centros de investigação, universidades e administrações de cinco países – Portugal, Reino Unido, Irlanda, Espanha e França – que desenvolve estudos sobre a dinâmica atlântica oceanográfica e procura perceber como é feito o transporte do lixo e onde se origina", explicou Pedro Sepúlveda.
O governo regional pretende utilizar os dados recolhidos para determinar as medidas de combate ao lixo marinho e, simultaneamente, aumentar o esforço de divulgação e sensibilização para o problema junto das escolas e do grande público.
"Existem dados ao nível global, sobretudo no que toca aos plásticos, mas as consequências ainda são mal conhecidas", disse Pedro Sepúlveda, destacando a importância dos trabalhos de motorização e investigação científica.
LUSA