“Não está nada previsto no Programa de Estabilidade e o hospital da Madeira continua sem verba ou qualquer financiamento aprovado”, disse a deputada em conferência de imprensa.
Sara Madruga da Costa disse que na página 35 do documento apresentado sexta-feira pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, que “continua sem ter nada a dizer em relação ao hospital da Madeira”, apenas consta que o projeto está em “análise” e remete para o Orçamento de Estado, no qual não figura qualquer montante para este projeto.
“Nos documentos (…), a verba que está prometida para o novo hospital ainda não existe”, argumentou, realçando que o “OE/2018 não tinha verba prevista”, admitindo que possa “aparecer no próximo orçamento”.
No seu entender, o facto de estar incluído no Programa de Estabilidade como “em análise” e remetendo o financiamento para o Orçamento de Estado, “que não tem verba nenhuma, é um logro”.
A deputada madeirense adiantou que no quadro da página 35 do Programa de Estabilidade, “o hospital da Madeira é o único dos hospitais que ainda está em análise, todos os outros já estão mais avançados”.
“Ainda esta semana o ministro das Finanças se comprometeu a pagar 40 milhões de euros para o hospital de Évora e há outros cujo financiamento está mais avançado”, reforçou, considerando ser “caricato” o facto de estes terem os projetos atrasados, enquanto o da Madeira “está concluído”.
Por seu turno, o deputado Paulo Neves anunciou que na próxima segunda-feira os deputados do PSD da Madeira vão dar entrada na Assembleia da República de uma pergunta sobre o “possível encerramento da loja da TAP no Funchal”.
Abordou, ainda, a questão do concurso para a ligação aérea entre a Madeira e Porto Santo, argumentando que o facto de não ser possível fazer reservas a partir de 05 de junho provoca “ansiedade” nos residentes porto-santenses e na economia daquela pequena ilha.
“Este folhetim vem do antigamente”, afirmou Paulo Neves, adiantando que “concorreram três empresas, apresentaram as suas propostas e o Governo da República continua a assobiar para o lado”.
O deputado aproveitou a ocasião para criticar o presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, que reuniu sexta-feira, em Lisboa com o primeiro-ministro, António Costa, declarando que o caso configura uma situação de “usurpação de funções”.
“Os deputados do PSD/Madeira em São Bento vão estar atentos, para saber em que qualidade [o autarca do Funchal] foi recebido pelo primeiro-ministro e se isto é normal”, disse Paulo Neves.
Também o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, anunciou hoje que vai apresentar um protesto formal ao Presidente da República sobre este desrespeito para com os órgãos de Governo próprio da Madeira.
C/ LUSA