O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2017, hoje entregue na Assembleia da República, indica que o número total de participações criminais registadas pelos oito órgãos de polícia criminal foi de 341.950, mais 11.078 do que em 2016, correspondendo a um aumento de 3,3%.
Para este resultado contribuiu a subida verificada nos crimes de contrafação falsificação de moeda (mais 264,1%), outras burlas (+47,9%), incêndio fogo posto em floresta (+27,8%) furto em edifício comercial/industrial sem arrombamento escalamento ou chaves falsas (+7,3%) e furto em veículo motorizado (+6,1%).
O RASI refere que o crime de furto, nas diversas formas, continua a ser o crime mais participado às forças e serviços de segurança.
O mesmo relatório dá conta de uma descida em 2017 relativamente ao ano anterior dos crimes de furto em residência com arrombamento, escalamento ou chave falsa (-14,4%), furto de veiculo motorizado (-1,1%) e condução de veículo com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 gramas por litro no sangue (-4,8%).
O documento destaca os aumentos nos distritos da Guarda (6,7%), Santarém (6,6%) e Lisboa (6,2%), bem como a Região Autónoma da Madeira (6,7%). Em sentido oposto, Coimbra foi o distrito com maior redução da criminalidade participada (-5,3%).
Já os distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Faro, Braga e Aveiro registaram a maior incidência de participações, representado 70,5% de toda a criminalidade participada.
Segundo o RASI, a criminalidade violenta e grave diminuiu 8,7% no ano passado, em relação a 2016, enquanto os crimes gerais aumentaram 3,3%.
O relatório reúne os indicadores de criminalidade registados pela Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Autoridade Tributária e Aduaneira e Polícia Judiciária Militar.
LUSA