Marcelo Rebelo de Sousa falava na sede da Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa, numa cerimónia de lançamento de uma nova plataforma online, "Tempo Extra", que foi apresentada como forma de intermediar organizações sem fins lucrativos e empresas, para estas encaminharem – em termos que não foram detalhados – os seus trabalhadores em fase de passagem à reforma para voluntariado.
Numa intervenção no final da cerimónia, o chefe de Estado defendeu que o voluntariado deve ser encarado como "uma responsabilidade comunitária", como "uma tarefa cívica" que faz "parte da vida normal, corrente" dos portugueses: "Esse é o salto qualitativo, que é um salto cultural, de cultura cívica, que tem de ser dado".
"Quanto mais empresas, melhor, quanto mais instituições públicas, melhor", disse.
Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se com "a intervenção da Marinha Portuguesa", na qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas, mas afirmou que "é preciso ir mais longe, é preciso sensibilizar as escolas, sabendo que é difícil".
Segundo o Presidente, professores, pessoal não docente, alunos, devem compreender "que esse tempo extra deve ser como que um tempo curricular e não extracurricular", que "faz parte da essência da escola, na construção, na formação daqueles que por lá passam, todos".
LUSA