O Partido Social Democrata da Madeira já reagiu às investigações que é alvo, negando qualquer ilegalidade.
“O PSD/Madeira nega a existência de quaisquer financiamentos ilícitos a seu favor, por parte da Empresa Dupla DP ou de quaisquer outras empresas, nomeadamente no âmbito das campanhas realizadas pelo Partido na Região, conforme foi tornado público, ao longo do dia de hoje, nos diferentes meios de comunicação social.
As relações comerciais entre o PSD/Madeira e a dita empresa, alvo da investigação desenvolvida, estão plasmadas em faturas e recibos, cujo pagamento é do conhecimento do Partido a nível nacional, assim como dos revisores do Partido e dos Auditores do Tribunal Constitucional.
Aliás, importa sublinhar que as contas do PSD/Madeira são, anualmente, apresentadas aos Militantes e auditadas pelo Partido Nacional e pelo Tribunal Constitucional.
Reiterando a sua total abertura para colaborar com as autoridades no esclarecimento e na busca pela verdade, no bom nome e imagem do Partido e dos seus Militantes, o PSD/Madeira rejeita, todavia, quaisquer ataques ao seu bom nome e espera que, no fim de mais este processo, seja reposta a verdade dos factos, assim como apurados os responsáveis que estiveram na base desta investigação”, podemos ler em nota enviada às redações.
A operação visou também a execução de 43 mandados de busca domiciliárias e não domiciliárias, adiantou um comunicado da PJ ao início da tarde, no qual eram então referidas apenas sete detenções.
Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de participação económica em negócio, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, prevaricação e financiamento proibido de partidos políticos.
Os detidos, segundo a PJ, são autarcas, empresários, funcionários públicos, titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos.
Duas das buscas foram efetuadas em sedes de municípios e quatro em secretarias regionais.
Segundo a mesma fonte, esta investigação foi desencadeada em 2020 pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção e pelo Departamento de Investigação Criminal da Madeira e incide “sobre condutas consideradas como criminalidade altamente organizada”.