O navio, que deverá deixar o porto de Bissau esta segunda-feira, após três dias de atracagem, visita a capital guineense no âmbito da Missão Iniciativa Mar Aberto 2024, que o levou a Cabo Verde e ao Senegal.
A Missão Mar Aberto é uma resposta do Estado português à insegurança marítima que se verifica no Golfo da Guiné e ao mesmo tempo visa promover a cooperação marítima entre Portugal com a Comunidade dos Países Língua Portuguesa (CPLP) e no âmbito das Presenças Marítimas Coordenadas da União Europeia (PMC-UE).
Miguel Picoto, que é também o responsável pela fiscalização marítima do NRP Viana do Castelo, indicou à Lusa que no concreto o navio está em Bissau no âmbito do estreitamento de laços com os países de língua oficial portuguesa, depois de passar por Cabo Verde e pelo Senegal.
Neste caso, precisou, a visita insere-se no quadro de países onde existam comunidades portuguesas significativas ou onde o Estado português tem interesses.
Desde sexta-feira no porto de Bissau, o navio-patrulha oceânica português, com 57 pessoas a bordo, entre as quais 20 mulheres, realizou atividades de cooperação com a Marinha de Guerra guineense e um intercâmbio com os fuzileiros navais do país africano, disse Picoto.
O oficial português destacou a realização de 60 consultas médicas para civis nas instalações da Marinha de Guerra guineense, em Bissau.
“Demos aqui um forte contributo que ficou muito para além daquilo que nós estávamos à espera. Portanto 60 consultas num dia foi um esforço considerável”, disse.
O NRP Viana de Castelo e o NRP Setúbal, navios da mesma classe da Marinha portuguesa, têm visitado a Guiné-Bissau regularmente, pelo menos, uma vez por ano, frisou Miguel Picoto.
Para esta missão, o NRP Viana do Castelo deverá visitar 10 países, entre os quais os seis africanos de língua portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe), viajando cerca de 19 mil milhas náuticas durante cerca de quatro meses.
O navio largou da base naval de Lisboa no dia 21 de agosto.