As frentes do incêndio que lavra há 11 dias na Madeira estão “substancialmente diminuídas ou são inexistentes”, disse hoje o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, indicando que persiste ainda um “foco de potencial reacendimento” na Ponta do Sol.
“Até ao momento, e passados 11 dias, não há qualquer vítima a lamentar, não há qualquer pessoa ferida, nenhuma habitação foi consumida pelo fogo, nenhuma estrutura essencial pública foi afetada, designadamente as centrais hidroelétricas”, afirmou o chefe do executivo madeirense.
Miguel Albuquerque falava em conferência de imprensa, na qual apresentou o ponto da situação do incêndio, no Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, no Funchal.
O governante reiterou que a estratégia adotada no combate ao incêndio foi “a mais acertada” e, por outro lado, sublinhou que, apesar da dimensão do fogo, que consumiu mais de 5.000 hectares, apenas foram danificados “alguns espaços residuais” da floresta laurissilva.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.
As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.
Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.045 hectares de área ardida.