O ciclista Iúri Leitão só começou a “acreditar um bocadinho” na medalha nas últimas 20 voltas da corrida por pontos, reconhecendo ainda estar a processar o facto de ter-se sagrado hoje vice-campeão olímpico de omnium em Paris2024.
“Ainda não sei. Ainda não faço a mínima ideia…Mas já está marcada (a medalha)”, respondeu, ao ser questionado sobre a que ‘sabia’ a prata que trazia ao peito e que trincou no pódio.
Aos jornalistas, no Velódromo de Saint-Quentin-en-Yvelines, já depois de subir ao pódio, o vianense de 26 anos reconheceu ainda estar “a tentar processar” o segundo lugar no omnium na sua estreia em Jogos Olímpicos.
“Antes de mais, é extremamente especial ser o selecionado para representar o nosso país. Por mais que para muitas pessoas fosse óbvio por eu ser o campeão do mundo, para mim não era tão óbvio assim. Eu tenho colegas de equipa muito fortes e que mereciam tanto como eu estar aqui. E tentei honrá-los e fazer a melhor prova possível, tanto por eles como por toda a seleção e por todo o país. Acho que consegui fazer uma prova muito bem conseguida e estou muito satisfeito”, assumiu.
Na estreia olímpica masculina de Portugal no ciclismo de pista, Iúri Leitão concluiu o omnium com 153 pontos, atrás do francês Benjamin Thomas (164) e à frente do belga Fabio van den Bossche (131), dando a segunda medalha à Missão portuguesa em Paris2024, depois do bronze da judoca Patrícia Sampaio em -78 kg.
“Nunca, nunca (sentiu que a medalha já era sua). Talvez nas últimas 20 eu começasse a acreditar um bocadinho”, pontuou.
O vianense, de 26 anos, conquistou a primeira medalha para Portugal na pista e a segunda da história do ciclismo português em Jogos Olímpicos, depois de Sérgio Paulinho ter sido segundo na prova de fundo em Atenas2004.