Os crimes com maior importância relativamente ao total de crimes registados –“crimes contra o património” e “crimes contra pessoas” – apresentaram, em 2023, valores de 2,7 e 2,4 mil, respetivamente, representando no seu conjunto 70,1% do total (70,5% em 2022). Comparativamente a 2022, os “crimes contra o património” aumentaram 6,7% e os “crimes contra pessoas”, 3,7%.
Por município, os resultados indicam que mais de metade dos crimes registados na Região, em 2023, ocorreram no Funchal (3,8 mil crimes; 52,2% do total), seguido dos municípios de Câmara de Lobos (939 crimes; 13,0%), Santa Cruz (777 crimes; 10,8%) e Machico (463 crimes; 6,4%).
Em 2023, a taxa de criminalidade – que corresponde ao rácio do número de crimes pela população residente (em milhares) – situou-se em 28,1‰, superior à registada em 2022 (26,9‰). Note-se que esta taxa foi substancialmente inferior à média nacional (35,0‰) e ao valor registado na Região Autónoma dos Açores (40,6‰). Na Região, as taxas mais elevadas foram observadas nos “crimes contra o património” (10,5‰) e nos “crimes contra a integridade física” (6,2‰).
Por município, a taxa mais baixa foi observada em Santana (12,6‰) e a mais elevada no Porto Santo (51,8‰). Para além deste último município, o Funchal (35,0‰), a Ribeira Brava (30,0‰) e Câmara de Lobos (28,6‰) apresentaram taxas superiores à média regional.
Em 2023, as autoridades policiais identificaram e registaram 1 115 lesados/ofendidos de crimes de violência doméstica contra o cônjuge (ou análogo) na Região, mais 97 que no ano precedente (1 018 pessoas). 2015 foi o ano que registou o valor mais alto da série (1 240 pessoas). 72,4% destes lesados/ofendidos identificados eram mulheres, porém, em termos de lesados/ofendidos houve um crescimento substancialmente maior face ao ano anterior nos homens (+27,8%) do que nas mulheres (+3,9%). 777 (69,7%) dos lesados/ofendidos foram identificados no Funchal e 74 (6,6%) em Santa Cruz.